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Reunião entre Prefeitura, Câmara e Sabesp sobre a água



Na manhã da última sexta-feira (08) ocorreu no paço municipal uma reunião conjunta entre prefeitura e câmara com representantes da SABESP para tratar sobre os episódios do fornecimento de água com coloração e odor diferenciado nas torneiras de Boituva.

MEDIDAS TOMADAS PELO MUNICÍPIO JÁ EM SETEMBRO

O prefeito Edson Marcusso abriu a reunião lembrando que desde o início dos primeiros relatos em 13 de setembro, a prefeitura notificou a SABESP por 4 vezes a concessionária. Ao constatar a persistência do problema, a prefeitura apresentou a ARSESP, órgão que regula e fiscaliza os serviços prestados pelas empresas fornecedoras de água e luz no estado de São Paulo.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Além das notificações, a prefeitura já no surgimento dos primeiros relatos, se antecipou e através de coletas feitas pela equipe da Vigilância Sanitária junto ao programa Pró- Água, recebeu a informação de relatos de excesso de Flúor na água, material que segundo o Diretor do Departamento de Mananciais, Adilson Fernandes, não representa risco ao consumo,

CONSUMO SEGURO

Segundo o superintendente regional, Maurício Tápia, foram destacados á campo uma força tarefa de técnicos que analisaram as instalações de fornecimento e tratamento bem como foi aferida amostras da água e enviada para análise de laboratórios que são acompanhados pelas autoridades sanitárias. Tápia ainda afirmou que resultados preliminares apontaram que os níveis são seguros para o consumo humano e que dados detalhados da analise deverão ser divulgados por meio de nota oficial da empresa antes da conclusão do final de semana.

POSSÍVEIS CAUSAS

Tápia registrou com a anuência dos técnicos presentes da reunião, que o longo período de estiagem teria reduzido a vazão dos rios, em especial o do Rio Sarapuí o qual é coletada a água que abastece a cidade.

Segundo os representantes da SABESP, a captação da água que vai para estação de tratamento é feita no Rio Sarapuí em ponto que tem proximidade com foz do Rio Sorocaba, o qual possui uma maior concentração de poluentes. Com os fenômenos naturais, foi constatado a necessidade do aumento de adição de cloro, fator que explica o odor inicial apresentando semanas atrás.

Após a persistência de relatos junto aos canais da empresa, foi intensificada a descarga na vazão da rede e que por conta de fatores como o P.h, produzem efeitos de reação na tubulação, o que segundo os técnicos explicaria a coloração apresentada.

MEDIDAS ADOTADAS

O superintendente afirmou que apesar de Boituva não apresentar histórico, o nível baixo de chuvas causou problema semelhante em menor escala em alguns pontos da cidade de Tatuí e de Iperó que recebem água do Rio Sarapuí e que foram equacionados com as ações de reforço na estrutura do local de captação e adoção de sistemas avançados na decantação.

PRAZO PARA PERSEPÇÃO DAS MUDANÇAS

Os representantes da SABESP foram claros em afirmar que quando se promove ajustes desta magnitude, a rede leva entre 7 a 10 dias para resposta e que em casos de descargas de rede (processo adotado para renovação da água presente nas tubulações) procedimento adotado em Boituva, a reação é um pouco mais lenta.

Eles ainda afirmam ter a expectativa de normalização das chuvas e da garantia da melhora geral do sistema no Estado de São Paulo á partir de janeiro de 2022.

RECLAMAÇÕES PARA A EMPRESA

O prefeito Edson Marcusso lembrou do histórico da SABESP com Boituva e do reconhecimento que a empresa possui, mas afirmou que a mesma demorou para perceber a gravidade da situação e que na avaliação dos gestores, não se preparou para eventuais momentos de exceção como o enfrentado pela cidade desde 13 de setembro.

Edson lembrou que a população foi penalizada e que o Poder Público espera uma resposta a contento da empresa e que o ideal seria uma compensação ao consumidor e que espera medidas da empresa que garantam o aumento das possibilidades para o abastecimento como o aumento de poços artesianos (a cidade de Iperó possui 10 enquanto Boituva tem 3 com mais um para entrar em operação).

O prefeito afirmou que a população espera contrapartidas no sentido de investimentos na rede e que a partir de janeiro, quando começam as conversas para a revisão contratual e o novo Plano Municipal de Saneamento entre em vigor, prever as mudanças necessárias para ajustes pontuais com a empresa.

VEREADORES PRESENTES

Os vereadores: Adilson Leite, Anderson Martins, Nelson Góes, Flávio de Lima, Tiago Castro, Antonio Neto, Lucas Mateos, Rafael Corrêa e as vereadoras Cecília Pacheco e Irani Marson estiveram presentes e fizeram perguntas.

Anderson perguntou se a água analisada teve a constatação de que era potável e segura para o consumo. A SABESP afirmou que apesar das anormalidades os resultados apontaram que ela não deixou de ser considerada própria para consumo. O vereador Tiago pediu o laudo da empresa que comprove esta informação até para que a população possa se tranquilizar diante dos últimos acontecimentos.

Rafael Correa citou casos como o bairro do Vivendas que a tempos vem apresentando coloração diferenciada nas torneiras. Já Lucas lembrou que caso semelhante acontece nos bairros Águia da Castelo e Morada dos Ipês.

Cecília lembrou que a população já vem sofrendo com a crise financeira e os impactos que a pandemia teria causado e que os valores das tarifas são considerados altíssimos. A vereadora ainda lembrou que nos últimos dias, tanto para cozinhar quanto para limpeza de roupas, a água das torneiras não tem servido para estas finalidades.

O vereador Adilson questionou os representantes da empresa sobre o ponto de coleta da água ser próximo ao ponto de descarga do presídio Odon Ramos Maranhão e foi respondido que a descarga do mesmo acontece após a confluência entre os rios, já nas águas do Sorocaba.

LIMPEZA DE CAIXAS, NOVOS PONTOS CAPTAÇÃO, LAUDO DA QUALIDADE E PRAZOS PARA NORMALIZAÇÃO

O prefeito sugeriu que a empresa crie mecanismos que possibilitem auxiliar na limpeza de caixas de água das residências mais atingidas, em especial para atender Escolas, Creches e a Rede de Assistência de Saúde.

Edson também defendeu que a empresa faça um estudo para implantação de um novo ponto de captação no Rio Sarapuí além de novas fontes.

Os parlamentares e secretários presentes defenderam a apresentação dos laudos, o que a empresa se comprometeu em disponibilizar bem como emitir posicionamento oficial sobre outras questões, incluindo os prazos e se comprometendo que realmente, conforme apresentaram durante a reunião, o problema deve ser cada vez menos sentido nos próximos dias.




Publicado em: 13 de outubro de 2021

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Categoria: Notícias da Câmara




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